segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O meu animal de estimação pode transmitir-me doenças?

Clínica Veterinária de Mangualde
         Dra. Sandra Oliveira
         Dr. Benigno Rodrigues





O meu animal de estimação pode transmitir-me doenças?

São inúmeros os benefícios que um animal de estimação pode transmitir ao seu dono. Um deles é contribuir para o seu bem-estar oferecendo momentos de satisfação, alegria e relaxamento. Também ajudam a combater o stress e o isolamento, ao mesmo tempo que são úteis em trabalhos específicos como o caso dos cães de caça ou os de guarda a rebanhos. Para muitas pessoas os animais de estimação são mais que simples animais, são membros da família. E como parte da família moram dentro da nossa casa, alguns compartilham o nosso sofá, alimentos e até a nossa cama.
No entanto, os animais de estimação podem ser portadores de importantes agentes patogénicos, capazes de transmitir doenças a outros animais e a nós seres humanos. O pelo, a saliva, as fezes e a urina dos cães e gatos podem conter microrganismos capazes de causar doença a nós próprios.

As zoonoses são doenças, em geral infecciosas, transmissíveis dos animais para o Homem. Estas doenças são geralmente transmitidas por animais que têm uma relação de proximidade com o ser humano como o caso dos animais de estimação (cão, gato, papagaio), animais de produção que são fonte de alimento (vaca, porco, ovelha), e dos vectores como ratos, mosquitos, pulgas.
Os agentes que desencadeiam estas doenças são diversos como bactérias, fungos, vírus, helmintes, etc.
Não se alarme. Não é por ter um cão ou gato em casa que vai logo apanhar doenças. Não é preciso expulsar o seu animal querido de casa. Se tiver o seu animal bem cuidado, nutrido, vacinado, desparasitado (internamente e externamente) e vivendo em boas condições higiénicas dificilmente ele poderá transmitir-lhe doenças. A alimentação do seu animal tem aqui um papel importante, recomendando-se uma dieta à base de ração de qualidade evitando alimentos crus e os restos da nossa comida.

As doenças transmitidas através das fontes de alimento são, na maioria, controladas pelas entidades responsáveis pela Inspecção Sanitária e Controlo Alimentar nas explorações pecuárias, matadouros, supermercados, lotas, etc. Assim, actualmente, o maior risco potencial de contrair infecções que advém da carne/peixe (brucelose, tuberculose, “doença das vacas loucas”, salmonelose, entre outras) está na ingestão de alimentos directamente da fonte, os chamados “produtos caseiros”.

Sabia que: A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 62% das doenças do Homem sejam transmitidas por animais. São doenças como a Leishmaniose, em que há 50 novos casos por ano nas pessoas, e a Febre da Carraça responsável por aproximadamente 10 casos em cada 100 mil habitantes.

  Algumas das principais zoonoses transmitidas pelo cão e gato são:

*        Leishmaniose (Leishmania infantum)
*        Dermatofitose (Microsporum spp)
*        Raiva (Lyssavirus)
*        Leptospirose
*        Toxoplasmose (Toxoplasma gondii)
*        Sarna (Sarcoptes scabiei em cães e Notoedres cati nos gatos)
*        Brucelose (B. canis)
*        Parasitas intestinais como a Giardia lamblia e o Ancylostoma caninum
*        Equinococose

Segundo a legislação portuguesa - Portaria nº 1071/98: a Leishmaniose visceral, a Raiva, a Leptospirose e a Equinococose fazem parte do grupo das Doenças de Declaração Obrigatória (DDO).

  Que posso fazer para proteger o meu animal e a mim próprio?

Ainda que os benefícios de ter um animal de companhia ultrapassem largamente os riscos associados a zoonoses, algumas precauções devem ser tomadas:

- Lave sempre as mãos com água e sabão depois de brincar ou cuidar dos animais. Isto é particularmente importante antes de comer ou tocar em alimentos.
- Não dê carne/peixe crus ou mal cozinhados aos animais.
- Não permita que os animais bebam água não potável, mecham no lixo ou apanhem/comam as fezes ou fezes de outros animais.
- Evite o acesso de cães e gatos a zonas de recreio onde as crianças brincam: parques infantis, terrenos de areia, etc.
- Recolha rapidamente as fezes e a urina do animal desinfestando o local em seguida. As fezes podem ser contagiosas para as pessoas que convivem com o animal e para o meio-ambiente, pelo que deve se certificar que a sua destruição é eficaz. Não se esqueça de apanhar também os dejectos que ele faz na rua.
- Faça uma limpeza a fundo e desinfecção do ambiente envolvente do animal: da cama, do espaço onde come e das zonas onde defeca e urina.
- Lave e desinfecte os comedouros e bebedouros e as zonas onde o animal passa mais tempo (jaula, canil, cama). Não misture as taças e outros materiais usados pelo animal com os usados por pessoas.
- Nos canis/gatis evite solos arenosos e utilize solos de cimento que permitem uma limpeza em profundidade, que deve ser periódica, à base de água com pressão e desinfectantes como a lixivia.
- Mantenha uma higiene continua do seu animal, particularmente da pele, pelo, olhos, narinas, ouvidos e boca.
- Evite lambidelas próximo dos lábios, olhos e nariz.
- Use luvas no contacto com sangue, saliva, muco, pus, urina e fezes do seu animal.
- A vigilância veterinária do seu animal diminui consideravelmente o risco zoonótico.
 Leve o seu animal periodicamente ao Médico Veterinário, mesmo que não aparente apresentar sintomas.
- Desparasite regularmente o seu cão e gato com produtos que combatem parasitas intestinais, pulgas, carraças, piolhos e mosquitos.

Todos os animais devem ser desparasitados antes de ser vacinados.

- Vacine o seu animal.
A vacinação é muito importante para evitar contrair doenças, que na maioria das vezes, são fatais. As vacinas estimulam o sistema imunitário do organismo permitindo-lhe resistir à acção do agente infeccioso. Antes de ser vacinado o animal deve fazer sempre um exame médico. Assim aconselha-se a primeira vacina a partir das 6-8 semanas de idade depois de estar desparasitado.
Relativamente à saúde dos animais de estimação deve ter sempre em mente que
mais vale prevenir que remediar,
 portanto é importante vacinar 
para prevenir o aparecimento de doenças cujo tratamento sai sempre muito mais dispendioso que o preço das vacinas.

Pergunte ao seu Médico Veterinário qual o melhor programa de desparasitação e vacinação para o seu animal.

- Se notar alguma diferença no comportamento ou sintoma de doença no seu animal, leve-o ao Médico Veterinário.

Alguns grupos etários são mais susceptíveis às zoonoses:
crianças, grávidas, idosos e pessoas com o sistema imunitário frágil, como as que têm SIDA e as sujeitas a quimioterapia.
Estes grupos de risco devem ter particular cuidado no contacto com os animais e ambientes potencialmente contaminados com fezes e urina dos animais como a relva, a terra de um canteiro ou a areia da praia.

Nos próximos 3 artigos do blog vai encontrar informação sobre as principais zoonoses, em particular os seus modos de transmissão e formas de prevenção. As informações contidas nestes artigos são meramente informativas e não dispensam o parecer do Médico Veterinário.
Estes artigos visam esclarecer a razão de algumas das prevenções efectuadas pelo Médico Veterinário e exemplificar porque razão prevenir não é só bom para o seu cão ou gato mas também para si. Para que possa viver em plena harmonia com o seu animal de estimação sem histerismos, medos ou receios.

Muitas destas doenças podem ser evitadas se desparasitar, vacinar e vigiar o seu animal.


Artigo escrito por Sandra Oliveira – médica veterinária (CP 4910)

 Clínica Veterinária de Mangualde
Av. General Humberto Delgado Nº 12 R/C Esq.
3530-115 Mangualde
 Telef.: 232.623.689

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

CUIDADOS DE HIGIENE NO CÃO E GATO - Parte I: Higiene da pele e pêlo

Clinica Veterinária de Mangualde
           Dr. Benigno José Rodrigues
Dra. Sandra Oliveira




CUIDADOS DE HIGIENE NO CÃO E GATO

Os animais de estimação dão-nos muito carinho e proporcionam-nos momentos de alegria e felicidade nas nossas vidas. No entanto, podem ser portadores de agentes patogénicos, capazes de transmitir a outros animais e a nós humanos uma série de doenças.
É, então, de extrema importância zelar pela saúde e higiene dos nossos animais, de forma a reduzir os riscos a que estes se encontram expostos. Um animal de estimação bem cuidado, bem alimentado, bem vacinado, desparasitado e vivendo em boas condições higiénicas, dificilmente se tornará num veículo de transmissão de doença.
A alimentação tem aqui um papel importante. Recomenda-se uma dieta à base de ração de boa qualidade e evitar alimentos crus.
Por forma a prevenir o aparecimento de doenças, algumas delas zoonoses (doença transmitida ao Homem por outro animal) é importante proporcionar uma boa higiene da cama do animal, do espaço onde come, bebe e das zonas onde urina e defeca. Além disso, também é importante manter uma contínua higiene do cão ou gato, sobretudo da pele, olhos, boca e ouvidos.

Parte I – Higiene da pele e do pêlo: o banho e a escovagem

Ø  Porque a pele necessita de cuidados específicos?

Particularidades da pele dos nossos animais:


A pele dos cães e gatos é diferente da nossa: é mais fina e apresenta um pH distinto. Consequentemente sofre de um maior número de infecções.
Os cães e gatos praticamente não suam.
Apresentam uma secreção sebácea muito importante para o equilíbrio da sua pele, e que contribui para uma boa hidratação e controlo da flora bacteriana.
Por último, a grande maioria está protegida por uma densa camada de pelo, que pode facilmente sujar-se ou abrigar parasitas.
É por estas razões que a pele e o pelo dos nossos animais de estimação necessitam de cuidados particulares: uso de champôs que respeitam as especificidades da sua pele e pelagem, escovagem e lavagem regular.     

A primeira pista de que algo não está bem com o nosso animal é, efectivamente, um problema na pele. Não conseguimos olhar para dentro deles, mas a pele, o maior órgão do corpo, avisa-nos frequentemente de que existe um problema com origem na pele ou o reflexo de uma doença interna.
A pelagem reflecte o estado de saúde geral e o nível nutricional do animal.
O pêlo protege a pele de lesões externas e funciona como isolamento térmico. Para mantê-lo brilhante e saudável é necessário ter cuidados especiais, que passam pela escovagem, banho e tosquia.

Ø  A muda de pêlo sazonal

A queda de pelo é um fenómeno fisiológico inevitável que ocorre nos cães e gatos. Há uma queda de pêlo muito exuberante na Primavera e outra mais discreta no início do Outono para renovar a pelagem para melhor adaptar-se às variações de temperatura conforme a estação do ano.
Contudo, nas nossas casas bem aquecidas e iluminadas dia e noite, os ritmos naturais desaparecem e os animais têm tendência para apresentar uma muda contínua ao longo de todo o ano. Isto acontece porque o ritmo de renovação do pelo é influenciado entre outros factores, pela temperatura ambiente, sendo a queda de pêlo mais evidente nos períodos de calor e de maior exposição à luz.
Daí é normal que nos animais que vivem dentro de casa que a muda se faça de uma forma mais gradual, perdendo pêlo ao longo de todo o ano, pouco de cada vez. O contrário ocorre nos animais que vivem no exterior, em que a muda de pêlo ocorre de uma forma mais intensa e num menor período de tempo.

 Para limitar os inconvenientes desta muda, que é a queda de pêlo, e na impossibilidade de a suprimir, é conveniente escovar regularmente o seu animal de modo a eliminar os pêlos mortos. Ao mesmo tempo deve administrar-lhe um complemento alimentar especial para a pelagem. Fale com o Médico Veterinário sobre este medicamento.
Se mesmo assim, o seu animal continuar a ter uma perda exagerada de pêlos partidos ou arrancados por um coçar ou lamber intenso, ou porque não voltaram a crescer, torna-se necessário consultar o seu Médico Veterinário.

Ø  O banho

O banho é um procedimento importante para a higiene do seu cão ou gato e geralmente é apreciado pela maioria dos animais e respectivos proprietários.
Aconselha-se a dar banho aos animais de estimação periodicamente em função da sujidade, do tipo de pêlo e raça.

·         Nos cães:

Todos os cães devem tomar banho regularmente, com uma frequência média de 2 ou 3 vezes por ano, dependendo do seu estilo de vida (exposição à sujidade) e do tipo de pelagem. Por exemplo:

  - Um cão que vive na cidade necessita de lavagens frequentes porque está muito exposto á poluição e à sujidade dos passeios.
- Um cão que vive no campo, mas que passeia por caminhos enlameados, necessita também de banhos frequentes.
- Um cão de pelo comprido deve ser lavado com mais frequência do que um de pelo curto.
- Os animais com problemas dermatológicos crónicos (por exemplo: seborreia, atopia) podem precisar de banho com frequência mas deve seguir as recomendações do Médico Veterinário.

Os banhos não devem ser muito frequentes. Evite dar mais do que uma vez por mês. Os cães têm uma pele fina e a contínua remoção dos óleos naturais pode produzir secura, irritação e facilitar a invasão de agentes infecciosos.

Caso dê banho ao seu animal com muita frequência (por exemplo: mais do que uma vez por mês), por causa do cheiro, é aconselhável usar um champô suave e hidratante para compensar a perda das indispensáveis “gorduras cutâneas”. Se mesmo assim ele continua com cheiro, deve ser observado por um Médico Veterinário.
Contudo, em determinadas situações os cães podem precisar de limpeza ou tratamentos com champôs com frequência. Nestes casos, os conselhos do Médico Veterinário devem ser cuidadosamente seguidos.
Evite os banhos para matar as pulgas e carraças. Hoje me dia, existem métodos mais eficazes e menos penosos para resolver este problema.
Os banhos secos com produtos à base de talco poderão ter a sua utilidade, reduzindo a frequência do uso de água e libertam o cão de alguma sujidade, mas não substituem o tradicional banho com champô e água que continua a ser o meio mais eficaz de limpar o pêlo do seu cão.

·         E nos gatos?

Os gatos são extremamente cuidadosos com a sua higiene pessoal, lavando-se quando se lambem, pelo que, um gato saudável normalmente não precisa de banho.

No entanto, em caso de necessidade (sujidade ou alterações dermatológicas) os gatos podem ser lavados.
A maioria dos gatos gosta de brincar com a água, mas no que toca a tomar banho a situação é bem diferente. Tomar banho pode ser uma verdadeira tortura para o gato e para o dono também que não sai de lá sem levar com umas arranhadelas. Portanto é de evitar. O mais importante é fazer uma boa escovagem do pêlo.
Quando um gato não trata da sua higiene, é sinal de que algo não está bem, devendo levá-lo ao Médico Veterinário.

·         Que champô usar?

Use um champô específico para cães e gatos. Não utilize sabão ou produtos para pele humana porque são demasiados ácidos e irritam a pele. O pH da pele do animal é tendencialmente neutro (pH 7) ao contrário do humano que é ácido (pH 5).
O uso frequente de champôs inadequados conduzirá a um pêlo mais fraco, quebradiço e baço e intensificará a descamação (caspa), podendo levar a uma doença de pele.

NÃO É ACONSELHÁVEL DAR BANHO AOS CACHORROS OU GATINHOS ANTES DE ACABAR O PROGRAMA DE VACINAÇÃO.
Os cachorros só devem tomar banho 15 dias após a vacina da Raiva. Se entretanto ficar sujo, pode limpá-lo com toalhetes ou usar um champô seco.

·         Durante o banho é importante que:
                  - A temperatura da água não seja inferior à temperatura corporal. Use água morna com uma temperatura constante.
                  - Se evite que a água entre nos ouvidos dos animais para evitar otites.
                  - Se evite o contacto do champô com os olhos dos animais.
                     - Após o banho o animal deve ser bem seco. Evite lavá-lo se posteriormente ao banho for exposto ao frio ou à chuva.


·         Para dar banho é fundamental que siga alguns passos importantes:

1.      Material necessário: escova, banheira, tapete antiderrapante, champô adequado e toalha.
2.      No caso do gato feche a divisão onde vai dar banho para ele não fugir.
3.      Escove a pelagem cuidadosamente antes do banho para retirar o máximo de pêlos mortos e desembarace o pêlo para tirar os nós. Se não desembaraçar o pelo antes, depois do banho torna-se quase impossível.
4.      Molhe inteiramente o pêlo com água morna no chuveiro ou numa bacia. Evite projectar a água para os olhos e orelhas. Os gatos não gostam de sentir a cabeça molhada. Pode colocar no fundo da banheira um tapete antiderrapante para impedir que o cão/gato escorregue.
5.      Aplique o champô espalhando por todo o corpo. Massaje suavemente nos gatos e cães de pelo curto e energicamente nos cães de pelo comprido até ao aparecimento de espuma. Não esqueça a zona ventral e as patas. Deixe actuar durante 10-15 minutos.
6.      Enxagúe abundantemente com água morna. Insista nas zonas que apresentam lesões. Se necessário pode repetir a aplicação do champô.
7.      Envolva o animal numa toalha (quente se possível) para secar. Em seguida pode usar o secador de cabelo regulado para pouco calor. Se o cão/gato se assustar com o secador de cabelo, deixe-o secar completamente num local quente sem correntes de ar. Evite o uso excessivo de secadores, especialmente se a pele estiver seca ou inflamada. Se o secador estiver a emitir ar muito quente e se tiver em contacto com a pele muito tempo pode queimá-la.
8.      Finalmente escove-o.


O banho deve ser uma experiência agradável para que o seu animal não fique traumatizado.
Os cuidados regulares com a pelagem são fundamentais, uma vez que ajudam a promover a saúde da pele e da pelagem e a reforçar a ligação afectiva entre o animal e o dono. Se os cães e gatos forem habituados a ser escovados desde tenra idade, acabam por gostar. Por isso, nunca é tarde para iniciar os cuidados com a pelagem.

Ø  A inspecção e a escovagem da pelagem

É recomendável inspeccionar a pele e a pelagem do seu animal, pelo menos uma vez por semana (ou após cada passeio) à procura de:
o   Parasitas (carraças, pulgas e piolhos)
o   Resíduos vegetais aderentes ou que picam (sementes, praganas)
o   Inflamações, crostas, falhas de pêlo.…

A escovagem não é um luxo. Serve para retirar os pêlos mortos, desembaraçar o pêlo, arejar a pelagem e estimular a circulação sanguínea ao nível da pele. Evita a formação de nós ou tufos de pêlo emaranhados, que, para além de causarem enorme desconforto, promovem a sujidade e a presença de parasitas. E estimula a renovação do pelo e espalha os óleos naturais da pele por todo o corpo, obtendo assim um pelo brilhante e saudável.

A escovagem é um dos cuidados mais elementares a ter com o pêlo, especialmente em raças de pelo comprido ou encaracolado. Se for feita regularmente (1 a 2 vezes por semana) é a forma mais eficaz de manter o seu animal limpo e livre de cheiros.
Durante os períodos de muda do pelo, deve escová-lo mais vezes.
A escovagem deve ser feita inicialmente no sentido contrário de pêlo para remover os pelos mortos e acabar no sentido de pelo com a aplicação de sprays específicos humectantes da pele ou compressas húmidas para dar brilho. Deve usar sempre um pente e escova próprios para animais, independentemente do comprimento de pêlo.
Se possui vários animais, atribua a cada um o seu material, para evitar a transmissão de um eventual problema de pele.
A escovagem diária de alguns minutos evita que mais tarde gaste horas de escovagem para desembaraçar uma pelagem mal cuidada ou até a tosquia completa se o pelo estiver demasiado embaraçado.

  
A escovagem nos cães:

Para o fazer utilize os instrumentos e a frequência que melhor se adaptem às características de pele e pelagem do seu animal:
o   Cães de pêlo curto (ex: Dálmata, Boxer, Doberman, Galgo, Beagle, Retrivier de Labrador, Chihuahua, Pug carlin, Dogue Alemão): usar pente ou luva de borracha a cada 1-2 semanas.
o   Cães de pêlo semi-longo, duro ou lanoso (ex: Cocker Spaniel, Teckel, Fox terrier, Yorkshire terrier): pente + cardadeira 1 a 2 vezes por semana.
o   Cães de pêlo longo (ex: Pastor Alemão, Serra da Estrela, Husky, Samoiedo, Pequinois, Bichons) e encaracolado (ex: Caniches): pente + cardadeira a cada 2 dias ou todos os dias.

A frequência de escovagem além de ser determinada pelo tipo de pelagem também depende do modo de vida do cão: os cães que vivem no exterior, em contacto com plantas e terra devem ser escovados mais vezes que os que não saem dum apartamento.

  
Cuidados a ter nas patas dos cães:

A verificação regular das patas do animal deve constituir um hábito, pois permite verificar lesões, presença de corpos estranhos e o estado das unhas.
 O seu cão pode ter ferimentos interdigitais que podem complicar-se em infecções com alguma gravidade por causa da introdução de praganas.
É importante manter as zonas interdigitais das patas dos cães livres de nós e de pelos deteriorados de modo a que não interfira ou incomode o livre andamento do cão.

A escovagem nos gatos:

É necessário familiarizar o gatinho à escovagem desde muito cedo, logo a partir dos 3 meses para que ele aprenda a gostar.

Os gatos de pêlo longo, como os Persas, devem ser escovados diariamente, enquanto que os gatos de pêlo curto, uma a duas vezes por semana.
Além do aspecto estético, a escovagem feita de forma regular irá diminuir a quantidade de pêlos que o gato engole ao lavar-se (lamber-se) e, consequentemente evitará a formação de bolas de pêlo no estomago, um dos problemas frequentes nestes animais.
Habituar o gato a cuidados de higiene regulares, felicitando-o pelo bom comportamento, oferecendo-lhe no fim uma guloseima ou dando miminhos, constitui a chave para o sucesso.

Ø  As bolas de pêlo

Os gatos, graças à superfície áspera da sua língua possuem uma ferramenta muito útil para a manutenção da pelagem uma vez que ordena e areja ao remover os pêlos mortos. A maior parte destes pêlos é ingerida pelo gato e chegando ao estômago podem originar as bolas de pêlo.
Normalmente, os pêlos ingeridos são eliminados nas fezes do animal. No entanto, quando são ingeridas grandes quantidades de pêlo morto, este acumulam-se no estomago dando origem às bolas de pêlo (tricobezoares). De forma natural os gatos podem regurgitar as bolas de pêlo. Também pode acontecer atravessarem o piloro e chegarem ao intestino e provocar uma oclusão intestinal, cuja resolução possível é a cirurgia.

Para prevenir a formação destas bolas de pêlo, recomenda-se:
                 - Escovagem frequente;
            - Dietas comerciais específicas que melhoram o trânsito digestivo: favorecem a circulação dos pêlos através do intestino e depois a sua evacuação nas fezes;

            - Produtos em pasta oral á base de malte que facilitam o trânsito intestinal.

(Continua na mensagem seguinte do blog)

Artigo escrito por Sandra Oliveira – médica veterinária (CP 4910)

 Clínica Veterinária de Mangualde
Av. General Humberto Delgado Nº 12 R/C Esq.
3530-115 Mangualde
 Telef.: 232.623.689

CUIDADOS DE HIGIENE NO CÃO E GATO - Parte II: Cuidados com as unhas, dentes, olhos, ouvidos, nariz e sacos anais

Clinica Veterinária de Mangualde
Dr. Benigno Rodrigues
Dra. Sandra Oliveira    




Cuidados de higiene no cão e gato - Parte II
 Cuidados com as unhas, dentes, ouvidos, nariz, olhos, sacos anais e caixas de areia


v Cuidados com as unhas

- No cão:

Tal como as nossas unhas, as unhas do cão também crescem.
É importantíssimo o corte de unhas periódico dos cães, uma vez que as unhas grandes dificultam o andar dos animais, podendo até causar defeitos no caso de animais em fase de crescimento.
O corte deve ser feito como mostra a Figura:



O corte deve ser feito na diagonal da unha, somente alguns milímetros antes do sabugo. O sabugo ou o leito da unha corresponde ao tecido vivo da unha com sangue e nervos. Se cortar esta zona o cão irá apresentar dor e a unha começa a sangrar. Se o cão tiver as unhas brancas, corte apenas a zona branca, mas se tiver as unhas pretas apare apenas a ponta da unha para evitar atingir a área irrigada.
Devemos prestar atenção aos 5º dedos ou esporões, porque, como não estão em contacto com o chão, as unhas crescem e chegam a enrolar e ferir as almofadinhas, causando infecção, muita dor e desconforto ao cão.
Muitos cães de trabalho, de caça, de guarda ou que vivem em casas com quintal que passeiam regularmente, desgastam sozinhos as unhas no chão, em pedras ou nas paredes. Nestas situações as unhas sofrem um desgaste natural, logo, na maior parte das vezes não é preciso apará-las.
Já os cães com um modo de vida mais de interior e os que costumam andar em pisos de cerâmica, madeira ou azulejo não gastam tanto as unhas ou perdem o hábito de lixá-las contra uma superfície rugosa. Nestes casos, as unhas crescem rapidamente e necessitam de ser cortadas com maior frequência com um corta-unhas adequado.
Na maioria dos casos é suficiente 1 vez por mês.
O corte das unhas é normalmente um procedimento simples e rápido que poderá fazer em casa, no entanto, se não se sentir seguro peça ajuda ao Médico Veterinário.

- No gato:
           
            O corte das unhas não é doloroso, mas não é do agrado do gato. Por conseguinte, é importante habituá-lo desde gatinho, para diminuir a sua desconfiança.
Nos gatos com acesso ao exterior, por norma, não se recomenda o corte das unhas. Os gatos que têm acesso ao quintal ou à rua precisam das unhas para a sua actividade, como subir árvores, fugir e defender-se de outros gatos ou cães.
O gato tem por hábito arranhar superfícies para marcar o seu território. Nos gatos que vivem exclusivamente dentro de casa as unhas podem ser cortadas sempre que necessário para limitar as consequências negativas deste comportamento como estragar o sofá ou as cadeiras de casa.
Aparar as unhas de duas em duas semanas seria o ideal, mas um arranhador é uma boa alternativa.
É importante proporcionar ao gato desde muito novo um “arranhador” adequado. Com o corte regular das unhas, os gatos têm maior tendência para utilizar o arranhador. É bom se o gato tiver desde muito novo, uma alternativa para afiar as unhas como o arranhador, pois assim evitarão que ele use o sofá e demais mobiliário como escolha, por falta de opção.
As unhas devem ser cortadas com um corta-unhas próprio para gatos.

Deverá apenas cortar a ponta branca sem se aproximar da zona vital (cor rosa) da unha.

O estado das unhas no gato constitui um verdadeiro indicador da sua saúde:
      Unhas demasiado moles ou duras: Indicam eventuais carências nutricionais ou infecção bacteriana.
      O animal rói muito as unhas: sinal de que poderá encontrar-se numa fase de ansiedade, que poderá desencadear um estado depressivo.
      Nestes casos é aconselhável consultar o Médico Veterinário.

v Cuidados com os dentes

Assim como os humanos, os cães e gatos também necessitam de cuidados específicos e profilácticos para garantir uma boa saúde oral. A higiene oral deve ser uma preocupação desde uma idade muito jovem, pois a placa bacteriana começa logo a aparecer assim que há a erupção dos dentes.
Ter uns dentes saudáveis é muito importante. Sabe-se que cerca de 80% dos cães com mais de 2 anos sofrem de problemas nos dentes e gengivas, sendo a doença periodontal a mais frequente.

A doença periodontal é responsável por:
            - inflamação das gengivas (gengivite);
            - destruição dos tecidos de sustentação dos dentes (periodontite)


Esta doença é causada pela placa bacteriana presente na cavidade oral dos animais, em resultado da falta de higienização ou de profilaxias profissionais veterinárias (destartarização).
Além de comprometer os tecidos adjacentes do dente, a doença periodontal pode proporcionar o aparecimento de doenças sistémicas tais como a glomerulonefrite, hepatite, poliartrite e endocardite bacteriana.
Infelizmente a maioria dos donos apenas se apercebe da doença periodontal quando aparece a halitose (mau cheiro da boca), ou seja, em fases avançadas da doença, sendo que a única forma de tratá-la nesta fase é através da destartarização sob anestesia geral. Faça um check-up aos dentes do seu animal uma vez por ano, junto ao Médico Veterinário.


Para prevenir o aparecimento da doença periodontal é aconselhável:
·         A escovagem dos dentes
·         A administração de uma dieta adequada

            A lavagem dos dentes deve ser cuidadosa e incidir especialmente na zona das gengivas, já que nos animais a formação da placa bacteriana é mais preocupante que a formação de cáries. O objectivo é remover a placa bacteriana antes de se começar a formar o tártaro.
Deve ser utilizada uma escova e pasta de dentes especialmente formuladas para cães ou gatos. Não use pastas dentífricas de uso humano porque pode causar irritação no estomago dos animais.      
No final de cada sessão de limpeza deve sempre recompensar o seu animal com uma sessão de brincadeira, mimo e comentários amistosos.
            Idealmente a lavagem dos dentes deveria ser feita todos os dias, mas se tal não for possível faça 2 a 3 vezes por semana.
            A maioria tolera bem este procedimento, especialmente se estiverem habituados desde uma idade muito jovem e como parte da sua rotina.  
Uma boa medida complementar á escovagem dos dentes é a administração de snacks próprios para higiene oral que também promovem a eliminação da placa por acção mecânica.
Para uma maior taxa de sucesso comece já hoje a lavar os dentes do seu animal.

v Cuidados com as orelhas e ouvidos

·         Particularidades do ouvido externo dos cães e gatos:

O ouvido externo dos cães e dos gatos é composto por:
      - Um grande pavilhão auricular (corresponde à orelha) erecto ou pendente;
      - Um canal auditivo em forma de L (canal vertical seguido por um canal horizontal), revestido por uma epiderme glabra, mas repleta de glândulas sebáceas que segregam o cerúmen.

Esta conformação contribui para que os nossos companheiros estejam frequentemente expostos a otites, porquê:
      - O cerúmen tende a acumular-se na secção horizontal do canal auditivo.
      - Algumas raças de cães (Caniche, Bichon maltês) têm uma pelagem abundante na entrada deste canal o que provoca uma oxigenação deficiente e uma acumulação das secreções que acabará por inflamar o ouvido e causar uma otite.
      - As orelhas pendentes são mal arejadas.
      - As orelhas erectas facilitam a entrada de corpos estranhos, especialmente os de origem vegetal (praganas).
Todas estas razões justificam a necessidade de cuidar regularmente das orelhas do nosso cão ou gato.

·         Inspeccionar as orelhas:

Depois de ter escovado o seu animal, leve o tempo necessário a inspeccionar as suas orelhas, à procura de:
                        - corpos estranhos;
                   - parasitas (a pele fina e macia da face interna dos pavilhões auriculares é propícia à fixação de carraças e o canal auricular à proliferação de ácaros = pequenos pontos brancos ou negros);
                        - acumulação de sujidade amarela ou escura, pús;
                        - vermilhão (eritema), inchaço, dor à palpação.

As otites (inflamação +/- infecção) são, regra geral, processos muito dolorosos e geradores de uma intensa comichão (por vezes auto mutilante).

·         Limpeza das orelhas:
                      
Os ouvidos devem ser examinados e limpos com alguma regularidade, com uma solução de lavagem apropriada, para evitar o aparecimento de otites.
 Na ausência de alterações dermatológicas particulares, nos cães esta limpeza deve ser feita, pelo menos, de 15 em 15 dias nos animais com pouco cerúmen e semanalmente em animais com mais sujidade.
As raças de cães com orelhas caídas precisam duma limpeza mais frequente que as de orelhas erectas.
Nas orelhas dos gatos, a regra base é manipulá-las o menos possível. O pavilhão auricular apresenta sempre alguma gordura na base (depósito de cerúmen). Este não deve ser removido com frequência para não aumentar a produção de cerúmen.
Se apresentar um corrimento abundante ou um odor desagradável então deverá consultar o Médico Veterinário pois poderá ser uma otite.

A limpeza dos ouvidos deve ser externa e feita com um produto específico para uso em cães e gatos, capaz de dissolver o cerúmen e suavizar as irritações. Se não tiver disponível este produto específico pode usar uma compressa embebecida em soro fisiológico.
 Não se recomenda a utilização de cotonetes, porque estes empurram os detritos para dentro do ouvido em vez de os removerem.
Nos Caniches e Bichons é preciso depilar com alguma frequência os pêlos da entrada do canal auricular, de forma a que se proporcione um bom arejamento e não se acumule cerúmen.
O canal auditivo normal  deve estar limpo, arejado e seco.

Para evitar o aparecimento de otites:
- É importante durante o banho: evitar introduzir água dentro dos ouvidos de cão ou gato, colocando uma bola de algodão no canal auditivo, retirando-a depois inteira após o banho e ter o cuidado de passar o chuveiro na orelha, sempre com esta para baixo.
- É importante após o banho: fazer uma limpeza do canal auditivo de forma a eliminar água que possa ter entrado.

·         Como proceder?

1.      Levante a orelha do seu animal e mantenha-a nessa posição sem tracção excessiva.
2.      Instile o produto no canal auditivo.
3.      Massaje a base da orelha durante cerca de 1 minuto para descolar o cerúmen.
4.      Remova os resíduos com um toalhete. Deixe o animal sacudir a cabeça.

Como o canal auditivo tem a forma dum L, o perigo de perfurar o tímpano é muito reduzido.


v Cuidados com o nariz

O nariz do cão deve estar húmido e fresco. Poderá secar durante o sono mas será naturalmente humedecido quando o animal acordar.
No caso dos gatos, alguns podem evidenciar secreções secas no canto das narinas. Poderá facilmente eliminá-las com uma compressa embebecida em soro fisiológico.
A presença de crostas, feridas ou corrimentos pode ser um sinal de doença que deve ser analisado pelo Médico Veterinário.

v Cuidados com os olhos

Todos os dias devem ser retiradas as remelas que se acumulam sobretudo no canto medial dos olhos dos animais de estimação. Se não forem retiradas diariamente podem endurecer e gerar infecções oculares.
Para limpar os olhos pode utilizar soro fisiológico ou soluções comerciais específicas para limpeza dos olhos e toalhetes próprios recomendados pelo Médico Veterinário.
Para este procedimento deverá erguer a cabeça do animal, abrir as pálpebras e deixar cair algumas gotas da solução recomendada directamente no olho, posteriormente poderá retirar o excesso utilizando uma compressa.
Existem algumas raças em que se devem ter cuidados adicionais com a higiene dos olhos como é o caso das raças de focinho curto (Shiz Tzu, Pequinês) uma vez que as lágrimas e remelas se metem entre as dobras da pele, necessitando de uma limpeza mais profunda.
Os donos de cães de pêlo comprido devem ter o cuidado de cortar os pêlos à volta dos olhos de forma a evitar que se introduzem mo interior destes.
É preciso ter muito cuidados com os olhos durante o banho uma vez que o champô é bastante irritante para a córnea e conjuntiva dos animais. Caso isto suceda, os olhos devem ser em seguida lavados abundantemente com soro fisiológico.
Em caso de corrimento ou inflamação anormal consulte o Médico Veterinário.

v Esvaziar os sacos anais

Se o seu cão arrasta o rabinho pelo chão pode ter parasitas intestinais ou um problema nas glândulas anais.
As glândulas anais estão situadas à volta do ânus, sensivelmente nas posições das 4 e 8 horas e tem a forma de uma lágrima (sacos anais). Produzem uma secreção de cor acastanhada ou acinzentada muito malcheirosa, que costuma ser eliminada quando ocorre contracção do esfíncter anal: durante a defecção normal ou quando se encontram muito nervosos e agitados.
Esta secreção produz um odor próprio de cada animal que serve como forma de identificação individual e marcação do território.
A impactação dos sacos anais acontece quando a secreção
se torna muito espessa, fica retida e vai-se acumulando levando à distensão do saco anal.


Quando isto ocorre é necessário realizar a expressão manual do conteúdo dos sacos anais, vulgarmente conhecido como “espremer as glândulas”. Este procedimento é feito pelo médico veterinário.
Este problema é muito comum de aparecer nos cães de raças pequenas como o Caniche miniatura e o Chihuahua, nos animais obesos e naqueles que tem algum problema gastro-intestinal ou tem uma dieta rica em gordura. Os gatos muito raramente tem problemas com os seus sacos anais.


v Número de caixotes de areia para o gato


Por cada gato que tem em casa deverá existir mais um caixote, ou seja, se tem 2 gatos, deverá ter 3 caixotes, se tem 3 gatos, deverá ter 4 caixotes…
Estes devem estar sempre limpos e terem profundidade e areão suficiente que permita que o gato escave e enterre as suas fezes. O seu gato agradece.
O caixote deverá estar num local sossegado e longe da área de alimentação e descanso.
O areão deverá ter boa capacidade de absorção de urina. Existem disponíveis no mercado diversos tipo de areão, uns com maior duração que outros. Por exemplo a sílica tem uma maior capacidade absorvente, logo não precisa de ser trocada tantas vezes como a areia normal.
Se por algum motivo, o seu gato recusar a utilização do caixote, deverá consultar o Médico Veterinário assistente.

v Medidas de higiene:

 Os profissionais de saúde têm um papel indiscutível na educação e promoção da saúde pública.
Recomenda-se as seguintes medidas de higiene para reduzir o risco de infecções parasitárias:
- A limpeza a fundo e a desinfecção do ambiente envolvente do animal.
- Destruição eficaz das fezes: as fezes são altamente contagiantes, quer para as pessoas que convivem com o animal, quer para o meio-ambiente, pelo que se deve assegurar que a sua destruição é eficaz. Cuidado semelhante deve ter com a urina.
- Cuidados redobrados com os grupos de risco: crianças, idosos, grávidas e pessoas imunodeprimidas –que são mais vulneráveis a este contágio, devendo ter particular cuidado no contacto com os animais e ambientes potencialmente contaminados, como a relva, a terra de um canteiro ou a areia da praia.

CUIDANDO DO SEU ANIMAL ESTÁ A PROTEGÊ-LO A ELE E À SUA FAMÍLIA.


CUI
Artigo escrito por Sandra Oliveira – médica veterinária (CP 4910)

 Clínica Veterinária de Mangualde
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3530-115 Mangualde
                                                                                                                            Telef.: 232.623.689