LEISHMANIOSE
É uma doença
infeciosa grave, que afeta essencialmente cães, mas também pode ser transmitida
ao Homem.
É uma “doença
silenciosa”, uma vez que uma grande percentagem de animais está infetada e só
exibe os primeiros sintomas tardiamente, muito tempo depois do momento do
contágio.
É causada por
protozoários do género Leishmania,
sendo a leishmaniose canina causada pela espécie Leishmania infantum.
Esta doença é
transmitida através da picada de um inseto semelhante a um mosquito, do género Phlebotomus.
O flebótomo é
particularmente ativo desde o anoitecer até ao amanhecer, sendo a época mais
favorável à sua transmissão de Abril até Outubro.
Em Portugal, a
doença existe em todo o território continental com áreas endémicas, como a
Beira Alta.
A leishmaniose
canina afeta os órgãos internos (medula óssea, gânglios linfáticos, baço,
fígado e rim), bem como provoca alterações cutâneas.
Sinais clínicos:
O animal pode
estar infetado e não apresentar sintomas. Quando estes surgem, são muito
variáveis, aparecendo progressivamente e geralmente são inespecíficos, como a
apatia, intolerância ao exercício e perda de peso. As alterações cutâneas, vão
desde a perda de pelo, zonas de alopécia (zonas sem pelo), despigmentação
nasal, hiperqueratose, descamação, ulceras no nariz ou pavilhão auricular.
Nalguns casos desenvolve-se lesões oculares, como alopécia periocular,
conjuntivite, queratite e uveíte. É muito comum o crescimento exagerado das
unhas e epistaxis (sangramento do nariz).
Quando há
comprometimento visceral (fígado, baço ou rins), ocorre perda de peso, atrofia
muscular e os gânglios linfáticos encontram-se aumentados.
Quando a
doença afeta os rins, desenvolve-se uma insuficiência renal crónica, que
geralmente é fatal.
Uma vez
infectado, o animal é portador do parasita para o resto da vida.
Tratamento:
A leishmaniose
canina é fatal. A cura é rara, mas a doença pode ser controlada.
No caso em que
os donos não querem fazer o tratamento, a eutanásia do animal é obrigatória,
segundo a legislação Portuguesa.
A prevenção é
a melhor solução. Neste momento, já existe vacina para a leishmaniose e
repelentes do flebótomo para colocar nos animais.
Deve-se evitar
o passeio durante o período que o flebótomo é mais ativo.
A transmissão
da leishmaniose ao Homem faz-se por intermédio do flebótomo, não por contacto direto
com o animal infetado.
Faça o rastreio da Leishmaniose ao seu
animal, aparentemente saudável e informe-se junto do seu Médico Veterinário
acerca do programa vacinal contra a Leishmaniose e sobre quais os repelentes do
flebótomo que melhor se adaptam ao seu cão!